THE MAKING OF "ON A MISSION"
Texto de autoria de Andreson de Recife
Achei esse vídeo bem didático, no youtube, que mostra como os produtores de rap nos Estados Unidos produzem suas batidas usando a MPC, como eles pegam trechos de músicas antigas e fazem super bases, e vi realmente que os cariocas não sabem usar esse equipamento de estúdio, que tem vários recursos. Na minha modéstia e, talvez até insignificante opinião para alguns, acho sinceramente que os cariocas são péssimos produtores.
Os DJ’s do Rio, pelo menos os que se denominam o “1° do sampler”,“ o terror do sampler”, o “dedo nervoso do sampler”, “o DJ número 1 do Brasil, “O maior produtor de funk do Brasil” e outros “títulos” dados por eles mesmos, acham que a MPC é um surdo , um pandeiro de escola de samba, um atabaque ou um timbal. E depois que eles tiveram acesso a essa tecnologia as coisas pioraram, a ponto de criarem esse “tamborzão”, super repetitivo e sem criatividade nenhuma, chegando a irritar com esse “TCHU-TCHA-TCHA-TCHU-TCHU-TCHA”.
Como pesquisador, entendo realmente que existe o “Funk carioca”, que tem seu lado positivo, pois dá oportunidades a jovens de comunidades carentes e sem uma perspectiva de vida melhor, por uma falta de educação a terem uma vida mais digna, mas também tem seu lado negativo, como por exemplo, essas bases horríveis e as letras de baixo calão que é de praxe na atualidade. E estou sendo enfático dizendo que os cariocas não sabem produzir desde o inicio, pois mesmo quando o funk carioca era legal na minha opinião, no tempo dos “FUNKS-RAP” dos anos 90, onde tinham letras interessantes e bem legais, eles só usavam o VOLT MIX. Usavam também o VOLT MIX nas montagens, onde os mesmos pegavam trechos do Latin Freestyle e do Miami bass para produzi-las.
Falando em Latin Freestyle e Miami Bass, o que vejo também, em entrevistas dos que “estão nas mídias” é uma ingratidão enorme com esses ritmos, pois não citam em nenhum instante a importância desses ritmos para o nascimento do “funk carioca” , nem citam e muito menos tocam as novidades desses ritmos em seus programas de rádios, dando a impressão, para quem não conhece, que esses ritmos não são mais produzidos, passando, pelo menos para mim, que “existe” interesses incomuns “obscuros”, pois tocando essas produções “deles” mesmos, vem por trás os direitos de editoras pagos pelo ECAD e os famosos “jabás” da vida.
Sei que sempre vão nascendo ritmos novos com influência sonora de outros lugares, que as vezes esses ritmos tocam mais em outros contextos do que no próprio lugar de origem e se transformam, recebendo um “temperinho” local, como aconteceu com o Miami bass e o Latin Freestyle no Rio de Janeiro, e por esse motivo, deve ser sempre lembrado para as novas gerações.
Acho eu que, renegando esses ritmos importantes, é como se “cuspissem no prato que comeram”. Hoje vejo cantores como o Naldo se auto intitulando “O príncipe do Pop” e nem valoriza suas origens de cantor de funk-rap com influência direta do Miami Bass.
Resolvi escrever sobre o assunto, pois soube que a ONLY MUSIC RECORDS vai abrir um estúdio e também prensar VINIL, graças a DEUS! A minha esperança com essa iniciativa, que merece elogios, é que as coisas sejam mais democráticas. Confesso sinceramente que não tenho nada contra tamborzão nenhum, pois estamos numa democracia e “CADA UM OUVE O QUE QUER OUVIR”, mas não acho democrático só tocar essa vertente nas rádios comerciais. As pessoas tem que ouvir também as vertentes que tocavam nos bailes e fazerem suas opções. Aí, quem quiser ir num baile que toca tamborzão que vá e dance até o “Chão-chão-chão”, e a pessoa que queira ir num baile que toque Latin freestyle e Miami bass vá também dançar.
Minha esperança com essa iniciativa da ONLY MUSIC RECORDS é que volte a ser produzidos os FUNKS-RAP com influência do Miami bass e Funk melody’s com a influência do Latin freestyle com letras legais que falem de amor, de diversão e dos problemas sociais que existem nas comunidades como tinha no passado recente, pois o que ouvimos na atualidade é um desrespeito as mulheres, com as mesmas sendo tratadas como objetos sexuais, uma apologia as drogas, a pedofilia e a ostentação, onde o que importa é beber, ter dinheiro, carro do ano, mulheres.
As pessoas que produzem isso não entendem, ainda, a força e o poder da música na formação de um jovem. Vejo direto na TV, nos programas policialescos, crianças e adolescentes sendo abusadas em bailes que tocam essas músicas de “novinhas”, vejo também jovens entrando no mundo do crime para “ostentar” glamour nos bailes, pagando rodadas de bebidas, cheios de cordões de prata e ouro super caros e tirando a vida de pessoas inocentes e vendendo drogas ilícitas só para dar uma de “Bam-Bam-Bam” do pedaço.
Faço uma reflexão sobre o poder da música para jovens adolescentes me colocando como próprio exemplo, pois apesar de gostar do Miami bass e do Freestyle ouvi nos bailes na minha época os FUNKS-RAP carioca. Ouvia o Rap da Felicidade, o Rap do Silva, que falavam dos problemas também vividos por mim naquele tempo, e essas músicas me ajudava a ter esperança. As músicas me davam autoestima para estudar e mudar aquela situação, e dar orgulho a minha família.
Espero, também, que os DJ’S que resolverem produzir medleys, megamixers e até coisas inéditas para prensar seus vinis saibam usufruir de todos os recursos da MPC e não faça desse equipamento um surdo de escola de samba, ressaltando! Adoro samba, antes que os críticos pensem que estou depreciando esse ritmo maravilhoso brasileiro... Pois bem era isso...
Nota:
Esse texto foi encaminhado pelo Andreson de Recife, cujo teor, enfatiza a sua opinião sobre o contexto atual do funk carioca, a nível de produções musicais. Essa questão já foi exaustivamente abordada nesse canal e, diante do assunto, o blog Humberto Disco Funk, paralelamente aos inúmeros esforços de todas as pessoas envolvidas na melhoria desse quadro, ressalta que há produções expressivas nesse contexto atual, não generalizando.
Os DJ’s do Rio, pelo menos os que se denominam o “1° do sampler”,“ o terror do sampler”, o “dedo nervoso do sampler”, “o DJ número 1 do Brasil, “O maior produtor de funk do Brasil” e outros “títulos” dados por eles mesmos, acham que a MPC é um surdo , um pandeiro de escola de samba, um atabaque ou um timbal. E depois que eles tiveram acesso a essa tecnologia as coisas pioraram, a ponto de criarem esse “tamborzão”, super repetitivo e sem criatividade nenhuma, chegando a irritar com esse “TCHU-TCHA-TCHA-TCHU-TCHU-TCHA”.
Como pesquisador, entendo realmente que existe o “Funk carioca”, que tem seu lado positivo, pois dá oportunidades a jovens de comunidades carentes e sem uma perspectiva de vida melhor, por uma falta de educação a terem uma vida mais digna, mas também tem seu lado negativo, como por exemplo, essas bases horríveis e as letras de baixo calão que é de praxe na atualidade. E estou sendo enfático dizendo que os cariocas não sabem produzir desde o inicio, pois mesmo quando o funk carioca era legal na minha opinião, no tempo dos “FUNKS-RAP” dos anos 90, onde tinham letras interessantes e bem legais, eles só usavam o VOLT MIX. Usavam também o VOLT MIX nas montagens, onde os mesmos pegavam trechos do Latin Freestyle e do Miami bass para produzi-las.
Falando em Latin Freestyle e Miami Bass, o que vejo também, em entrevistas dos que “estão nas mídias” é uma ingratidão enorme com esses ritmos, pois não citam em nenhum instante a importância desses ritmos para o nascimento do “funk carioca” , nem citam e muito menos tocam as novidades desses ritmos em seus programas de rádios, dando a impressão, para quem não conhece, que esses ritmos não são mais produzidos, passando, pelo menos para mim, que “existe” interesses incomuns “obscuros”, pois tocando essas produções “deles” mesmos, vem por trás os direitos de editoras pagos pelo ECAD e os famosos “jabás” da vida.
Sei que sempre vão nascendo ritmos novos com influência sonora de outros lugares, que as vezes esses ritmos tocam mais em outros contextos do que no próprio lugar de origem e se transformam, recebendo um “temperinho” local, como aconteceu com o Miami bass e o Latin Freestyle no Rio de Janeiro, e por esse motivo, deve ser sempre lembrado para as novas gerações.
Acho eu que, renegando esses ritmos importantes, é como se “cuspissem no prato que comeram”. Hoje vejo cantores como o Naldo se auto intitulando “O príncipe do Pop” e nem valoriza suas origens de cantor de funk-rap com influência direta do Miami Bass.
Resolvi escrever sobre o assunto, pois soube que a ONLY MUSIC RECORDS vai abrir um estúdio e também prensar VINIL, graças a DEUS! A minha esperança com essa iniciativa, que merece elogios, é que as coisas sejam mais democráticas. Confesso sinceramente que não tenho nada contra tamborzão nenhum, pois estamos numa democracia e “CADA UM OUVE O QUE QUER OUVIR”, mas não acho democrático só tocar essa vertente nas rádios comerciais. As pessoas tem que ouvir também as vertentes que tocavam nos bailes e fazerem suas opções. Aí, quem quiser ir num baile que toca tamborzão que vá e dance até o “Chão-chão-chão”, e a pessoa que queira ir num baile que toque Latin freestyle e Miami bass vá também dançar.
Minha esperança com essa iniciativa da ONLY MUSIC RECORDS é que volte a ser produzidos os FUNKS-RAP com influência do Miami bass e Funk melody’s com a influência do Latin freestyle com letras legais que falem de amor, de diversão e dos problemas sociais que existem nas comunidades como tinha no passado recente, pois o que ouvimos na atualidade é um desrespeito as mulheres, com as mesmas sendo tratadas como objetos sexuais, uma apologia as drogas, a pedofilia e a ostentação, onde o que importa é beber, ter dinheiro, carro do ano, mulheres.
As pessoas que produzem isso não entendem, ainda, a força e o poder da música na formação de um jovem. Vejo direto na TV, nos programas policialescos, crianças e adolescentes sendo abusadas em bailes que tocam essas músicas de “novinhas”, vejo também jovens entrando no mundo do crime para “ostentar” glamour nos bailes, pagando rodadas de bebidas, cheios de cordões de prata e ouro super caros e tirando a vida de pessoas inocentes e vendendo drogas ilícitas só para dar uma de “Bam-Bam-Bam” do pedaço.
Faço uma reflexão sobre o poder da música para jovens adolescentes me colocando como próprio exemplo, pois apesar de gostar do Miami bass e do Freestyle ouvi nos bailes na minha época os FUNKS-RAP carioca. Ouvia o Rap da Felicidade, o Rap do Silva, que falavam dos problemas também vividos por mim naquele tempo, e essas músicas me ajudava a ter esperança. As músicas me davam autoestima para estudar e mudar aquela situação, e dar orgulho a minha família.
Espero, também, que os DJ’S que resolverem produzir medleys, megamixers e até coisas inéditas para prensar seus vinis saibam usufruir de todos os recursos da MPC e não faça desse equipamento um surdo de escola de samba, ressaltando! Adoro samba, antes que os críticos pensem que estou depreciando esse ritmo maravilhoso brasileiro... Pois bem era isso...
Nota:
Esse texto foi encaminhado pelo Andreson de Recife, cujo teor, enfatiza a sua opinião sobre o contexto atual do funk carioca, a nível de produções musicais. Essa questão já foi exaustivamente abordada nesse canal e, diante do assunto, o blog Humberto Disco Funk, paralelamente aos inúmeros esforços de todas as pessoas envolvidas na melhoria desse quadro, ressalta que há produções expressivas nesse contexto atual, não generalizando.
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